Nossa vida moderna é altamente provocadora dos mais variados problemas intestinais. Gases, intestino preso, colite e hemorróidas afetam cerca de metade da população. Os principais fatores que contribuem para .este quadro fazem parte dos tão comentados “erros no estilo de vida”. Como diz a Dra. Agatha Thrash, do Yuchi Pines Institute, nos EUA:
“Pela mudança em nossos hábitos alimentares e em nosso estilo de vida, podemos evitar, e/ou curar, as enfermidades intestinais”
Causas Possíveis
A revista Nutrition Science News, de abril de 1997, publicou um interessante artigo sobre nutrição. O artigo realça que os genes humanos não se adaptam às modernas dietas altamente elaboradas. Nesse artigo é feita uma interessante revisão das características qualitativas da alimentação de povos primitivos. Na alimentação de grupos bem primitivos entram dezenas e dezenas de espécies de frutas e vegetais, os quais chegam a proporcionar perto de 100 gramas de fibras dietéticas por dia. As recomendações atuais oscilam entre 20 e 30 gramas de fibras’ ao dia, mas conforme demonstra o estudo realizado por Gladys Block (Universidade da Califórnia), apenas 9% da população norte-americana atinge esta ingestão recomendada. A publicação comenta que nos últimos 40 anos, hábitos alimentares, particularmente das populações ocidentalizadas, sofreram profundas modificações. Mas as características genéticas das populações de sociedades modernas continuam a ser similares às dos povos primitivos. A dieta deles caracteriza-se por riqueza em legumes, frutas e vegetais, enquanto que a da nossa sociedade é rica em proteína e gorduras, de origem animal (e refinados).Tal modificação nos dá base para correlacionar o grande número de doenças metabólicas e do aparelho digestivo com a ausência de fibras.
► “Correria” (falta de tempo para atender ao intestino quando ele “pede”);
► Tomar pouca água;
► “Negar” ao intestino quando ele pede, mesmo quando há tempo para fazê-lo;
► Falta de horários habituais para evacuar;
► Hábito de fumar;
► Vida sedentária;
► Ingestão acentuada de açúcares e doces;
► Uso de alimentos obstipantes: queijos, cereais refinados e produtos oriundos, féculas, maisena, pães brancos, biscoitos e bolachas refinadas, gelatina, maçã sem casca, banana-maçã, goiaba;
► Pouca fibra na alimentação.
Medidas Sugestivas
► Beba muita água entre as refeições (até a urina sair clara);
► Atenda ao intestino assim que ele pedir, mesmo que seja um aviso leve;
► Crie hábito, escolhendo um horário para treinar o intestino. E benéfico aproveitar-se do reflexo gastrocólico que conduz a comida ingerida em direção ao final do intestino. Esse mesmo reflexo pode “conduzir” as fezes para fora. Portanto, os horários mais “cooperadores” são os após as refeições;
► Evite alimentos obstipantes: cereais refinados e oriundos, café, chá- -mate, chá-preto, queijos, carnes, maçã sem casca, banana-maçã, etc.
Indicação de Alimentos Especialmente Laxantes
► Farelo de trigo (usar em mingaus, sopas, pães caseiros, etc.) – (até 1 colher (sopa) por dia, dividindo-a em 2 ou 3 refeições).
Obs. Tomar maior quantidade de água ao adotar esta prática.
► Ameixa-preta (deixar de molho na noite anterior; de manhã usar a água e a polpa das ameixas).
► Semente de mamão (podendo mastigá-las ou não; você pode adicioná-las às vitaminas batendo uma colher (chá) das sementes junto com as frutas).
► Semente de linhaça – deixar uma colher (sopa) de linhaça de molho em meio copo de água por uma noite. Em jejum de manhã usar o líquido coado. As sementes podem ser usadas moídas como parte da refeição
► Água de sene: 1 colher (sobremesa) por xícara de água (deixar de molho
em vez de ferver).
► Oleo de oliva extravirgem tomado puro – tomar uma colher (sopa) em
jejum. Escolher óleo de boa procedência (do tipo extravirgem).